3º Encontro
Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Loanda - Paraná
Encontro de formação de Coroinhas
3º encontro – 18/09/13 – Missa – Celebração eucarística
- Oração inicial
- Dinâmica e reflexão da Palavra
A vela e o barbante
Material: uma Bíblia, barbante, velas para todos os integrantes e mais uma para ser colocada no centro do grupo.
Descrição: Todos devem estar na forma de um círculo, e no centro do círculo, numa mesa, coloca-se a Bíblia, junto com uma vela acesa. A Bíblia deve estar amarrada com o barbante, e este, deve ter sobra suficiente para amarrar as velas de todos. Cada pessoa, com uma vela vai ao centro do círculo, passa o barbante em volta de sua vela, acendendo-a, e em seguida, entrega a ponta do barbante para outra pessoa, que circulará sua vela, também acendendo-a, e assim sucessivamente. Quando todos estiverem enlaçados pelo barbante, lê-se a passagem do Evangelho de João, capítulo 8, versículo 12 - "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas possuirá a luz da vida". Ao final, todos partilham o sentido da dinâmica, tentando relacioná-la com o texto bíblico proposto.
- Missa
- Missa, ou Celebração Eucarística, é um ato solene com que os católicos celebram o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, recordando a Última Ceia.
A Celebração Eucarística ou Missa vem do latim mitere, que significa enviar, remeter, e tem o sentido de missão (que é a ação de enviar). Mas os primeiros nomes dados pelos cristãos a esta cerimônia foram duas expressões bem descritivas: Ceia do Senhor e Fração do Pão. O nome Missa possivelmente apareceu porque, em latim, o ritual se encerra com a frase Ite, missa, esta dirigida aos fiéis, significando mais ou menos Agora devem ir, pois já receberam uma missão para cumprir. Essa missão é anunciar ao mundo a ressurreição de Cristo, que os fiéis testemunham no ato da consagração do pão e do vinho.
Eucaristia: Ação de Graças
A palavra Eucaristia vem da língua grega e significa: agradecimento, ação de graças, reconhecimento. É a resposta que brota espontânea do ser humano diante das manifestações de Deus na criação e na história humana.
Quando ganhamos um presente, é natural expressarmos nossa gratidão a quem nos presenteia. Para isso usamos a criatividade; um “obrigado”, um “Deus lhe pague”, um abraço, um sorriso, um telefonema, uma lembrancinha, etc.
Viver em ação implica ao Pai, por Cristo, as coisas criadas e a própria pessoa. É o que Jesus realiza de modo ritual na Última Ceia, e de modo real na cruz: entrega ao Pai sua vida em sacrifício infinito pela salvação de toda humanidade.
Para nós, o que significa tomar parte no banquete eucarístico? Significa render graças a Deus por tudo e com tudo. Não entendeu? Nós explicamos.
Por tudo: a vida, a religião, nossa família, a fé em Deus, o ar que respiramos, o sol, a chuva, os alimentos que nos sustentam, as flores, os animais, etc. Na celebração eucarística, o pão e o vinho, frutos da terra e do trabalho humano, simbolizam, todos os bens da criação.
Com tudo: o que somos e temos, isto é, nossas habilidades pessoais, dons, saúde, disposição, etc. Deus não precisa de coisas materiais. Ele espera a oferta do nosso ser.
Jesus entregou ao Pai o que possuía de mais precioso, a sua própria vida. Também nós devemos fazer oferta de nossa vida ao Pai, por Cristo, com Cristo, em Cristo.
Missa: Memorial (fazer memória)
Ao celebrar a Última Ceia com seus discípulos, Jesus tomou o pão e o vinho, rendeu graças e disse que aqueles eram seu corpo e seu sangue, oferecidos em favor do povo. Em seguida acrescentou: “Fazei isto em memória de mim”.
Fazer memória da Páscoa de Cristo significa Tornar Presente o ato salvador de Cristo. Revivemos na fé o acontecimento de sua paixão, morte e ressurreição, atualizando-o e tornando-nos participantes dele. Ao celebrar a Eucaristia, não comemoramos algo perdido no passado, ou um fato que ficou apenas na lembrança, mas, proclamamos, aqui e agora, a salvação de Deus aplicada à história presente e futura.
Eucaristia: Sacrifício
Na Última Ceia, Jesus tomou o pão, rendeu graças e o deu a seus discípulos como seu corpo oferecido em sacrifício, pra que dele comesse. E pegando uma taça de vinho disse-lhes: “Bebei dele todos, pois Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que será derramado por muitos para remissão dos “pecados” (Mateus 26.28)”.
Esses gestos tinham clara intenção de substituir o cordeiro da páscoa dos judeus.
O sacrifício de Jesus não é algo que se reduz aos seus últimos momentos de vida terrena, ou seja, sua paixão e morte. Toda a sua vida foi imolação constante. Jesus não buscou seus próprios interesses, mas procurou sempre fazer a vontade do Pai. Sua vida foi uma continua doação em favor do povo, principalmente das pessoas necessitadas. Sua vida total culmina com a morte na cruz. Sua paixão e morte são o coroamento de toda a sua vida doada: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (João 13.1)
Eucaristia: assembleia
É no seio da Igreja que o sacrifício de Cristo se torna presente, Igreja é palavra de origem grega, que significa assembleia, comunidade do povo, convocada e reunida por Deus. Desde o inicio da Igreja os escritos do Novo Testamento falam da Eucaristia como reunião da comunidade (assembleia). A assembleia cristã, portanto, é uma comunidade que celebra e no meio da qual desde o primeiro momento está presente Cristo, o Senhor. Quem faz parte da assembleia? Todos os fiéis que se reúnem para celebrar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, o povo e os ministros, incluindo-se o ministro ordenado a quem cabe presidir a Eucaristia.
Eucaristia é refeição
A missa é uma refeição, um banquete, uma festa. Quem faz o convite é Deus Pai. A convocação é dirigida a nós, filhos e filhas, com a finalidade de nos alimentar com sua palavra e com o corpo e sangue do seu Filho Jesus.
O banquete eucarístico supõe, portanto, a presença de convidados (assembleia) e alimento (pão e vinho, corpo e sangue do Senhor). Sendo o banquete eucarístico uma festa, há também a necessidade da participação externa e da participação interna da assembleia.
Constituem elementos da participação externa os movimentos, as palavras, as aclamações, os cantos, as orações, o toque, os sinais, o abraço da paz, etc. Ao passo que a participação interna é a predisposição de cada membro da assembleia, sua vontade de estar ali com os irmãos, consciente do que vai celebrar. A participação interna começa antes que a pessoa entre na igreja para a celebração.
Eucaristia é comunhão
Comunhão que dizer comunicação. Mas significa intimidade. Quando vamos receber a comunhão (Eucaristia) estabelecemos uma comunhão com Jesus e com os irmãos e irmãs. Portanto, receber a comunhão não é simplesmente receber e ingerir um pedaço de pão consagrado (corpo de Cristo). Esse gesto significa que o fiel está em comunhão com o corpo de Cristo. Ora, o corpo de Cristo é a Igreja. Em outras palavras, somos nós. Portanto, comungar o corpo de Cristo é estar em harmonia e paz, não só com Jesus, mas também com todos os filhos e filhas de Deus. Quem tem ódio contra alguém deverá reconciliar-se antes de comungar. Ódio e comunhão não combinam.
Eucaristia é compromisso social
A celebração eucarística não é um ato fechado em si mesmo. Ela é aberta para fora, para a realidade do mundo que nos cerca. Por isso a missa se expande se prolonga para além da própria missa. A missa não pode estar fora da realidade que envolve o povo. Aliás, todas as pessoas, ao participar da missa, levam consigo sua realidade (sua situação familiar e pessoal, a situação do povo, suas dificuldades, alegrias e angustias...). Levamos a realidade para a celebração, e levamos a força da celebração para a realidade. Deste modo, fazemos a união da fé com a vida.
Portanto, enquanto houver irmãos passando fome, nós cristãos não podemos cruzar os braços, não podemos celebrar e ficar acomodados. Justamente porque a celebração nos empurra para a ação. Ação transformadora na sociedade. Nesse sentido dizemos que a celebração é um compromisso social.
Eucaristia é gratuidade
Gratuidade vem da palavra latina grátis, de graça. A Eucaristia pede que sejamos gratuitos, generosos, acolhedores, sem preconceito. Essa gratuidade se manifesta na celebração e além da celebração. Por isso, quando vamos participar da Eucaristia , não convém ficarmos controlando o relógio, achando que tudo está pesado, cansativo, sem interesse. Se isto for verdade, alguma coisa esta errada e é necessário corrigir.
E verdade que por vezes nossas celebrações ainda são feitas com muito palavreado. Vamos dar espaço para a Palavra de Deus e diminuir nossas palavras! Vamos dar preferência por externar nossa fé através do canto e dos gestos simbólicos e manter as palavras indispensáveis pra bem celebrarmos. E uma saída para se evitar que a celebração seja enjoativa.
Ser gratuito, durante a celebração, é deixar-se embalar pelo Espírito Santo, o litúrgico (celebrante) por excelência. E seguir as inspirações que nos vêm da Palavra, dos símbolos, dos gestos simbólicos. Ser gratuito na celebração é fazer bom proveito de algum fato novo, que não estava previsto no roteiro, mas nos ajuda a celebrar melhor.
Conclusão
A partir dessas breves noções a respeito da Eucaristia, cada um de nós é convidado a ser Eucaristia viva nas estradas do mundo. Que quer dizer Eucaristia viva? É a pessoa que tem um coração aberto, generoso, compassivo, cheio de bondade e misericordioso, igual ao Jesus. É a pessoa que se preocupa com os irmãos e irmãs principalmente as mais necessitadas de socorro material e espiritual.
Ser Eucaristia viva é ser o próprio Jesus.
Para sermos Eucaristia viva precisamos conhecer e entender para melhor participar e celebrar, por isso vamos aprender melhor sobre a celebração eucarística.
O ESPAÇO DA CELEBRAÇÃO
ALTAR: mesa fixa ou móvel destinada á celebração eucarística.
AMBÃO OU MESA DA PALAVRA: estante de onde proclama a palavra de Deus.
PIA BATISMAL: lugar reservado para a celebração do batismo.
CREDÊNCIA: mesinha onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na celebração.
NAVE DA IGREJA: espaço reservado para os fiéis.
PRESBITÉRIO: espaço ao redor do altar, geralmente um pouco elevado, onde se realizam os ritos sagrados.
SACRISTIA: sala anexa á igreja onde se guardam as vestes dos ministros e os objetos destinados às celebrações; também o lugar onde os ministros se paramentam.
Defeitos e qualidades
ü a) Para ler: João 1, 45 - 48 e Provérbios 4, 10 - 27
b) Para conversar
1. Porque há coisas que você acha fácil de fazer e as outras pessoas acham difícil?
2. O que você faz com facilidade e o que faz com dificuldade?
3. É possível aprender a fazer bem o que achamos difícil?
c) Para saber
Todos nós nascemos com determinado temperamento, também conhecido como "gênio" e caráter. Uns são mais abertos, outros mais fechados, uns mais nervosos, outros mais pacíficos, uns mais apaixonados, outros mais frios etc.Esses temperamentos trazem muitas características boas, mas também muitas imperfeições, que podem ser notadas já desde que somos crianças. Cabe aos pais e educadores ajudar as crianças e jovens a vencerem os defeitos de seus temperamentos e transformá-los em virtudes. Quando nem os pais e nem os educadores conseguiram essa façanha, cabe a nós mesmo nos transformar, corrigindo os defeitos de nosso temperamento e adquirindo as qualidades que não temos.
A pessoa que corrige seus defeitos, que procura adquirir as qualidades que não possui de nascença, torna-se o que chamamos de "pessoas de bom caráter". Caso contrário, chamamos de "pessoas de mal caráter". Por exemplo se você nasceu com o temperamento tipo São Pedro, nervoso, que age antes de pensar, deve tentar tornar-se mais paciente, mais cauteloso. Feito isso, terá adquirido um bom caráter. Outro exemplo: uma pessoa tímida por natureza, que conseguir libertar-se e tornar-se mais extrovertida, mais aberta, adquiriu um bom caráter. Os santos que conhecemos conseguiram fazer justamente isso: transformaram os pecados e defeitos de seus pensamentos em santidade e virtudes de um bom caráter.
d) Compromisso
Procure conhecer quais são as suas boas e más tendências. Depois, anote tudo o que você precisa para ser melhor: deixar os vícios, as manias, e muitas vezes o individualismo, para se transformar-se numa pessoas de bom caráter.
As renúncias e os sacrifícios feitos voluntariamente ajudam-nos a formar (e forjar) o nosso caráter. Exemplo: dormir sempre numa mesma hora, não muito tarde, não ficar muito tempo dormindo, procurar trabalhar sempre, aproveitar bem o tempo de estudo, ser humilde e aceitar as críticas que nos fazem, ser equilibrado na comida e na bebida, não ser "baderneiro", respeitar as pessoas, sejam elas mais velhas ou mais novas, respeitar a natureza, não destruindo nada, obedecer aos pais e professores e os mais velhos, manter uma vida de oração, procurar ser sempre amigo, curtir boas amizades etc.
e) Para fazer
Tente ver em que você é diferente de seus amigos. Tente descobrir em que eles já melhoraram em relação ao que eram quando crianças.
f) Para rezar
Senhor Deus,/ que tanto nos quereis bem,/ ajudai-nos a transformar nossas vidas,/ a fim de que construamos um bom caráter,/ a partir das armas do amor, da renúncia e da oração que vós nos concedeis./ Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.